Sobre o plágio

Ver Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra e analisar à luz de How to Handle Plagiarism: New Guidelines.

32 comentários:

Sérgio Oliveira disse...
12 de maio de 2009 às 22:59

Nossa! O cara teve a audácia de mandar um Plágio pra Revista e o pessoal da revista foi despreocupado o suficiente pra não perceber e publicar! kkkkkk
E eu achando que isso só acontecia nos(as) Colégios/Faculdades.

Sérgio Oliveira disse...
21 de maio de 2009 às 00:30

O avanço no crescimento do número de plágios tanto no meio colegial quanto no acadêmico tem diminuído as noites de sono das instituições interessadas na distribuição da informação científica, uma dessas instituições é a IEEE, uma sociedade internacional de índole técnico e profissional altamente empenhada na criação e disseminação de informação. Nesse texto as medidas que foram tomadas pra evitar esse crescimento, tanto pela IEEE como por outros, serão explicadas e alguns fatos relatados.

Em 2007 dois artigos foram copiados e, por incrível que pareça, publicados por um periódico de renome nacional e até mesmo mundial, a “Revista Analytica” ( revista da instrumentação e do controle de qualidade). A revista disse que uma folha completa seria utilizada para fazer uma retratação, mas isso não é suficiente, pelo menos segundo a IEEE. A forma de como lidar com o plágio nem sempre foi claro para todos, pensando nisso a IEEE Publication Services and Products Board (PSPB) publicou em 2004 um guia padronizando a forma de como se deve agir nesses casos. O periódico “The Institute” nos descreve as medidas que foram tomadas, que vão desde avisos de violação e suspensão dos privilégios de publicar na IEEE por até cinco anos à uma carta de pedido de desculpas. Em 2008, Lynn D. Lampert publicou um livro que também propõe o fim do plágio, mas não apenas com punições, ela explica e exemplifica estratégias de como preveni-lo.

O surto de plágios se dá devido à tecnologia, uma vez que “copiar e colar” é muito mais fácil que ler e escrever, manualmente, a cópia, mas, felizmente, a mesma tecnologia que facilita o plágio ajuda a combatê-lo. Os modelos de combate ao plágio descritos por Lampert são baseados em vários programas de instruções já existentes, e a autora ainda mostra os prós e os contras da utilização de serviços de software de detecção de plágio. Além da demonstração de audácia irresponsável e burra, a prática do plágio é uma ofensa gravíssima à inteligência de quem escreve, lê e publica um artigo, por isso o combate à prática deve ser estimulado quanto antes.


Referências

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009, 3756

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Lampert, L. D. Combating Student Plagiarism: An Academic Librarian's
Guide. The Journal of Academic Librarianship, 2009, 35, 192, DOI 10.1016/j.acalib.2009.01.020

Olympio disse...
21 de maio de 2009 às 13:00

Podemos afirmar que atualmente a grande quantidade e aumento do número de plágios mexe bastante e envolve diversas constituições do meio informativo, que muitas vezes são irresponsáveis e negligentes sim, mas que também podem ser alvo e vítimas de cidadãos capazes de roubar a maior riqueza de um ser humano, ou seja, o conhecimento. Esse caso fica mais sério a cada dia que passa, pois só não está em colégios e escolas, mas também em universidades, revistas, internet e jornais, fazendo com que os casos apareçam mais e tomem grandes proporções.

Os dois artigos mostram claramente a atitude nada honesta e ofensiva de um professor e engenheiro químico, que além de tudo, ainda capaz de repassar este ato através de um periódico conhecido nacionalmente e sujeitando-se a correr o risco grande de ser descoberto e poder pagar pelo que fez. Há muito tempo, é claro que esses casos de plágio existem, muitas vezes por pessoas maldosas, e também por pessoas que somente não tem a intenção de roubar, mas que por pegar a idéia de um, o trecho escrito por outro, e mesmo sem ter má-fé, torna-se um plagiador. Já em relação aos autores originais, é triste ter conhecimento e saber de atitudes assim, pois em suas mentes, a idéia de uma culpa não passa a ser só do plagiador, como também de editoras, revistas, periódocos e etc. Em 2007 a “Revista Analytica” foi vítima de um ato desonesto e publicou um estudo com o autor "falso" e foi alvo de muitas reclamações, e com justiça. A revista entrou em negociação com a SBQ, com o objetivo de publicar uma anulação do plágio. O mesmo professor que copiou a idéia de dois grupos pertencentes ao meio químico teve seu crime logo descoberto. A IEEE, que é uma sociedade internacional profissional direcionada na formulação e distribuição de conhecimento e informação no mundo, toma medidas tentando evitar ao máximo o crescimento de casos de plágio. Ela também explica esses tipos de medidas. O artigo "Plagiarism: Alchemy and Remedy in Higher Education", do periódico "English for Specifics Purposes", identifica os principais deveres para a exploração do que o plágio significa hoje nas instituições de ensino superior, sugere também uma análise centrada deste caso, assim como mostra para leitores e escritores o que a descoberta ou detecção do plágio significa.

Hoje em dia, a presença da tecnologia é um contribuinte essencial para o aumento dos casos de plágio no mundo todo, a facilidade de poder "copiar" e "colar" um texto inteiro sem ter o trabalho de editar ou fazê-lo manuscrito, por exemplo. Entretanto, também com a ajuda da mesma tecnologia e seus meios modernos, pôde-se criar e utilizar vários tipos de combate ao plágio. Existem até programas de computador capazes de detectar este ato ofensivo ao conhecimento humano. Então, como é notável o abuso que é um ato de plagiar, fica claro a necessidade de as leis tornarem-se mais severas e começarem a agir desde já, para que assim possamos editar ou escrever o que pensamos sem que tenhamos medo de "sermos roubados" por qualquer tipo de "ladrão de conhecimento".


Referências

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

Marsh, B. Plagiarism: Alchemy and Remedy in Higher Education. English for Specifics Purposes. 2009. 28. 69-71. DOI 10.1016/j.esp.2008.08.002

Carlos_Fernandes disse...
21 de maio de 2009 às 16:44

Plágio, o ato de usar o trabalho de alguém sem dar o devido crédito. Essa a definição de plágio dada pelo artigo "How to Handle Plagiarism: New Guidelines", um tópico essencial abordado por esse artigo, refere-se ao furto de matéria concreta, como por exemplo um aparelho de som. Qualquer pessoa comum, ao se deparar com uma situação de roubo sabe o conjunto de atos a serem realizados (chamar a polícia, fazer um boletim de ocorrência e por ultimo a realização da perícia), como se fosse um algoritmo padrão. Porém, para o tratamento de roubos de propriedade intelectual, um algoritmo similar não é rapidamente definido.

Ao falarmos de plágio nos limitamos, segundo "Ethical dilemmas in scientific publication: pitfalls and solutions for editor" dentre as formas de fraudes editorias temos: falsificação, duplicação, autoria-fantasma, autoria concedida, falta de ética na aprovação de manuscritos, publicação "salami", conflitos de interesse, submissão e publicação duplicadas, e autocitação.

Com o entendimento dos vários tipos de fraldes editoriais, surge a dificuldade de identificá-las, encontrar uma fralde num documento a ser publicado é uma tarefa árdua pois os avaliadores e revisores de artigos científicos se deparam com um enorme banco de artigos e publicações que podem servir de fonte para cópias, além de que pessoa que comete a fralde pode tanto copiar um texto da mesma maneira que ele se encontra na sua fonte original, como modificar partes do texto, dificultando assim a identificação do plágio.

Periódicos vem adotando formas de identificar e punir esses infratores, mas uma discussão tem que ser levantada. A punição, deve ocorrer de maneira a servir de exemplo para os pesquisadores que estão iniciando a vida acadêmica, a decisão da IEEE de colocar uma marcar d'água nos textos que forem encontradas fraldes parece bem apreciável a vista da exclusão definitiva do artigo, uma vez que esse artigo ficando visível a todos, mostra o destino que toma artigos fraldados.


Referências:

Gollogly, L.; Momen, H. Ethical dilemmas in scientific publication: pitfalls and solutions for editors, Revista de Saúde Pública, 2006, 40, 6, DOI: 10.1590/S0034-89102006000400004.

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

João Paulo disse...
21 de maio de 2009 às 19:21
Este comentário foi removido pelo autor.
João Paulo disse...
21 de maio de 2009 às 19:22
Este comentário foi removido pelo autor.
João Paulo disse...
21 de maio de 2009 às 19:25

O caso de plágio divulgado recentemente pelo jornal da ciência mostra que até a elite científica sofre desse mal, que vem sendo agravado pelo fácil acesso de todos à informação, e traz à tona um assunto muito delicado, com essa nova discussão, é necessário que haja uma abordagem maior em relação a alguns tópicos: como identificar o plágio e identificar seus responsáveis, quais as procedências para tentar evitá-lo, como punir os responsáveis.

O Jornal da ciência, conceituado Órgão da sociedade brasileira para o progresso da ciência, trouxe recentemente uma reportagem da folha de São Paulo, sobre a atitude de um engenheiro químico que copiou os artigos de outros autores e posteriormente, postou no periódico “Revista Analytica” como sendo de sua autoria, fato que coloca a elite científica em alerta, o que fez com que o IEE passasse a tratar o plágio de forma mais atenciosa, aprovando novas diretrizes que irão avaliar cada caso de plágio e punir cada um da forma mais adequada, que são divididos em cinco níveis, o que torna necessário diferenciar o plágio intencional do plágio causado por trabalhos mal feitos. Essa fiscalização já ocorria por parte do IEEE, porém, ocorria de forma não uniforme, o que tornava a segurança relativamente fraca, já que a quantidade de artigos publicados é muito grande. O fácil acesso aos meios de informação contribui para os casos de plágio, porém, pode também ajudar a identificar esses responsáveis. Para prevenir é necessária a ajuda de todos do meio científico, e também identificar os responsáveis para que sejam punidos de forma adequada, além de colocá-los

Com os casos citados nesses artigos é perceptível que os casos de plágio são constantes na sociedade e estão longe de acabar, e que a sociedade científica também se inclui nessa constatação, é constatado também que os periódicos não possuem artifícios adequados para combater esses casos, o que torna necessário que seja revista a forma de tratar esse problema. Um problema sério como esse precisa da ajuda de todos os cientistas e colaboradores e do bom caráter de todos para se respeitar o conhecimento do próximo, citando-o se utilizar algo que não seja de autoria própria.

Referências:

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009, 3756

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Hoeffken, K. & Gabbert, H. Plagiarism and other scientific misconducts.
Journal of cancer research and clinical oncology, 2009, 135, 327-328
DOI 10.1007/s00432-008-0540-x

Marcio Augusto disse...
21 de maio de 2009 às 20:48

A publicação de artigos na internet trouxe um grande beneficio para pesquisadores, tornando fácil a busca por trabalhos relevantes a sua área de pesquisa e também para ficar atualizado quanto às novas descobertas e estudos em várias partes do mundo. Mas a facilidade de achar artigos para praticamente qualquer assunto também dificulta o controle de cópia e a violação dos direitos autorais.

Várias ferramentas foram desenvolvidas para encontrar documentos duplicados, mas com o aumento do número de artigos publicados mais ainda há dificuldade em avaliar fraudes. Como as regras que avaliam plágios e como proceder em casos de fraude não são bem definidas, muitos editores não sabem tratar casos como estes. Por esse motivo a IEEE Publication Services and Products Board elaborou um guia em seu manual operacional para ajudar identificar casos de plagio.

O guia aprovado pela IEEE Publication Services and Products Board classifica o plágio em cinco níveis e também mostra o que fazer quando há a suspeita de fraude. Os níveis são enumerados de 1 a 5, onde: 1 - é o pior caso, cópia fiel ou de grande parte do documento (acima de 50%); 2 - cópia de grande parte do documento (entre 20% a 50% do conteúdo); 3 - cópia de elementos individuais como frases, ilustrações, etc.; 4 - quando há troca de algumas palavras ou ordem das palavras em uma frase; 5 - ausência de referência clara ao autor.

Todo o esforço para identifica casos quem violam os direitos autorais não são suficiente para impedir que fraudes aconteçam, muitos casos de cópias não autorizadas são encontradas e é importante que sejam divulgadas como também a punição para autores que copiam sem dá crédito ao verdadeiro autor da parte citada, em uma tentativa de fazer com que autores tenham mais cuidado para não deixar de referenciar o autor original, como também para fazer que profissionais sem ética pensem duas vezes antes de copiar artigos de outros pesquisadores.

Referências:

Garcia, R., Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra, 2009, Jornal da Ciência

Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines, 2004, The Institute

Long, T. C., Errami M., George, A. C., Sun Z., Garner, H. R., Responding to Possible Plagiarism, Science, 2009, 323, 1293-1294, DOI: 10.1126/science.1167408

IEEE Publication Services and Products Board Operations Manual, 2009, IEEE Publications

Olavo de Holanda disse...
21 de maio de 2009 às 21:23
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabriella Barros disse...
21 de maio de 2009 às 22:00

O desenvolvimento da tecnologia tornou possíveis grandes feitos da humanidade, desde a chegada à lua, até a criação de curas para inúmeras doenças. Entretanto, tal crescimento do conhecimento também aumentou um problema até então de pequenas proporções: o uso indevido de material – neste caso, no domínio da ciência. O trabalho “Plagiarism – A Survey”, de Maurer e colegas, cita diversas definições para o termo “plágio”, sendo uma delas bastante similar a descrita no trabalho de Janowski, “How to Handle Plagiarism: New Guidelines”: é toda utilização de um trabalho alheio, sem os devidos créditos ao autor ou dono.

Fica difícil, entretanto, discernir o que é e o que não é imitação, dentro do mundo científico, pois o próprio conhecimento é baseado em informações adquiridas através de outrem. Dessa forma, é complicado definir o plágio em si.
O caso descrito em “Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra” é, obviamente, um plágio descarado, que serve para demonstrar a facilidade com que, atualmente, uma pessoa pode copiar o trabalho de outra. Bastam alguns cliques, por exemplo, e todo um artigo pode ser repassado para milhões de pessoas pela internet. Infelizmente, não existe uma forma definitiva de prevenir ou reverter tal situação, apenas algumas maneiras de remediar os estragos, baseadas na gravidade da cópia.

É importante perceber, porém, que, com o crescimento da tecnologia e do plágio, aumentou também as formas de descobri-lo. Existem, agora, softwares competentes, capazes de descobrir similaridades em trabalhos que apontem para o plágio, parcial ou completo. Falta, ainda, uma grande jornada para encontrar uma solução mais concreta para esse problema, que cada vez mais preocupa universidades e o meio científico no geral.

Referências:

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico Publica Dois Estudos Plagiados na Íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

Maurer, H.; Kappe, F.; & Zaka, B. Plagiarism - A Survey. Journal of Universal Computer Science, 2006, 12, 1050-1084. DOI: 10.3217/jucs-012-08-1050.

Adriano Sales disse...
21 de maio de 2009 às 23:53

Desde os tempos de escola (ensino fundamental e médio) os alunos tem o mal costume de fazer os trabalhos apenas copiando e colando de trabalhos já existentes na internet. Esta prática não tem uma repreensão por parte dos professores e nem um aconselhamento dos mesmos para os alunos, falando a respeito da gravidade de tal situação, caracterizada como plágio. Há algum tempo, o número de pessoas que plagiam trabalhos ou artigos científicos tem aumentado assustadoramente. Um dos fatores que contribui com este aumento é a internet, segundo é encontrado em “The Internet: A Powerful Tool for Plagiarism Sleuths”, pois através dela, as pessoas têm maior facilidade e liberdade de acessar estes trabalhos.

No artigo publicado no Jornal da Ciência, em 07 de Maio de 2009, é mostrado o caso de um Engenheiro Químico que plagiou dois trabalhos, mudando apenas o título dos mesmos. A questão do plágio é muito delicada e devemos ser muito cuidadosos em nossos trabalhos. Em “How to Handle Plagiarism: New Guidelines” escrito por Pat Janowski , fala a respeito do plágio, e uma parte bastante interessante se dá quando Bill Hagen diz que o responsável por ver se determinado trabalho é original é o próprio autor para que assim, ao invés de fazer uma cópia, ele possa citar os trabalhos corretamente em sua “pesquisa”. O texto também faz menção quanto a questão dos textos publicados em Conferências, onde por ser um lugar o qual recebe muitos trabalhos e está sempre em “ciclo”, os editores não conseguem reconhecer os trabalhos que realmente são plágio. Ainda em “How to Handle Plagiarism: New Guidelines” , é citado um outro texto cujo título é “The Five Levels of Plagiarism” o qual trata dos tipos de plágio, e entre eles se encontram plágio do texto completo, de grande parcela, dentre outros. O plágio não ocorre apenas em trabalhos ou artigos, mas em toda a área, podendo ser visto de maneira muito grande também na música, por exemplo, onde vários artistas são vítimas e têm suas músicas ou produções “roubadas”.

O plágio não é uma prática recente, o que nos mostra que provavelmente continuará existindo. Uma discussão existente é na questão de identificar se o culpado pelo plágio é o periódico, o qual aceita o artigo. Apesar de existir discordância, isso está sendo discutido a fim de que a melhor opção possa ser tomada, para se não acabar, ao menos diminuir os casos de plágios que acontecem. A nossa função é fazer nossa parte, tentando buscar trabalhos com objetivos semelhantes aos nossos para que assim possamos identificar se o trabalho que estamos propondo já existe, e com isso fazer as devidas modificações e as devidas citações.


Referências

Marshall E., The Internet: A Powerful Tool for Plagiarism Sleuths, 1998 279: 474 DOI: 10.1126/science.279.5350.474

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009, 3756

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Ottonyel Lima disse...
22 de maio de 2009 às 00:43
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
22 de maio de 2009 às 00:45

O plágio, quando se assina ou apresenta uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc) contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original, é um ato que pode acontecer na vida escolar ou acadêmica de qualquer pessoa; em que na pesquisa científica (ou em qualquer outro tipo de pesquisa, estudo ou trabalho) é um tipo de erro que deve ser tratado como um crime gravíssimo, o qual é acompanhado por penas pesadas.

Atualmente, com o desenvolvimento da internet, é fácil uma pessoa buscar e copiar trabalhos já feitos para poder inserir no próprio trabalho, fazendo algumas adaptações para quem for receber o tal “trabalho” não perceber a cópia. Lendo textos e artigos, percebi que há formas (e algoritmos) avançadas de se descobrir se um dado texto é copiado (um exemplo são os extratos de frases do trabalho que podem ser confrontadas com pesquisas num motor de busca tendo em vista a detecção de documentos com frases iguais). Uma detecção de plágio pode simplesmente acabar com a carreira científica de qualquer profissional, ou então autores culpados de plagiar conteúdos podem ser proibidos de receber financiamento federal futuro.

Todos nós devemos nos perguntar o que é que se passa na cabeça de um profissional formado quando ele está praticando o ato do plágio. Para todos, isto é uma coisa inaceitável, é uma falha de ética, é um erro que não deve se repetir jamais.

Hoje, na internet, existem inúmeros sites com anúncios de “serviços” que se oferecem para a realização de trabalhos nas mais diversas áreas. Infelizmente, tecnologia de busca avançada demais tem seus problemas, e um deles está aí.

Deste modo, aprender a estruturar e a desenvolver um trabalho é importante para prevenir a tentação do plágio. Além de um profissional (ou um aluno) estar criando, um trabalho com suas próprias idéias, ele adquire conhecimento, que é o que todo bom cientista (pois os ruins cometem plágio) quer hoje em dia.

Vihinen, M. Problems with anti-plagiarism database, Nature, 2009, 457, 26, doi:10.1038/457026b

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

Ottonyel Lima disse...
22 de maio de 2009 às 00:45

Quando fazemos algo, certamente não gostamos quando alguém recebe o mérito por isso, sem que essa pessoa tenha feito nada para nos ajudar. Esse tipo de situação(plágio) acontece não só em trabalhos escolares ou de faculdades, mas também tem acontecido no alto nível do conhecimento científico, e o que é pior, alguns tem sido publicados em periódicos conceituados e respeitados, passando despercebido pela banca julgadora, o que tem causado um mal estar a comunidade científica e principalmente aos autores originais. Como acabar com essa situação tem sido um ponto de discussão e métodos para isso tem sido analizados.

Notícia recém publicada pelo jornal da ciência relata o caso em que o periódico científico "Revista Analytica" publicou dois artigos de um engenheiro químico mas que eram plagiados. Hoje em dia com a internet é possivel se obter os mais diversos tipos de trabalhos cientifico, aproveitando-se disso algumas pessoas acabam copiando esses trabalhos e assinando as suas autorias, ao mesmo tempo que isso acontece, a internet também permite desmascarar os plagiadores, porque é possivel encontrar os trabalhos originais com a mesma facilidade. Métodos para identificar se um trabalho é ou não plágio tem sido discutidos, existem diversas ferramentas para se tentar coibir o plágio, como por exemplo o programa "Ithenticate" (http://ithenticate.com/), mas algumas dessas ferramentas ainda são falhas pois só abragem uma determinada quantidade de revistas. Normalmente os autores de novos artigos se baseiam em artigos anteriores, muitos desses trabalhos não são vistos como plágio pois fazem a devida citação. O artigo "How to Handle Plagiarism: New Guidelines" fala de algumas orientações aprovadas para o IEEE que definem os niveis de plágio e as possiveis punições aos fraudulentos, essas orientações são sem dúvida uma boa maneira para tentar por fim a esse tipo de ação.

É necessário que o periódico analize e utilize todas as ferramentas e formas possíveis para se tentar verificar a originalidade de um trabalho cientifico antes de publica-lo, junto a isso punições mais severas devem ser adotadas para com os plagiadores, a soma dessas forças certamente ajudaram a acabar com a fraude do plágio. As possiveis retratações com os autores originas também devem ser feitas perante a comunidade cientifica. A descoberta de um plágio não só denigre a imagem de quem o fez, mas também acaba comprometendo o periódico que o publicou, pois espera-se que seja feita uma boa análise do material antes de torná-lo público.

Referências:

Garcia, R., Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra, 2009, Jornal da Ciência

Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines, 2004, The Institute

Long, T. C., Errami M., George, A. C., Sun Z., Garner, H. R., Responding to Possible Plagiarism, Science, 2009, 323, 1293-1294, DOI: 10.1126/science.1167408

Unknown disse...
22 de maio de 2009 às 07:23

Tudo o que se pode dizer acerca de plágio, de roubar a idéia alheia, é no mínimo deselegante. Justamente pelo fato das pessoas, hoje em dia, terem toda uma vida na internet. Roubar idéias, fotografias, textos e até mesmo copiar um artigo inteiro é um ato de total e completa falta de ética, moral e até mesmo amor próprio.
Em "How to Handle Plagiarism: New Guidelines", existe uma passagem em que eles dizem que o problema de plágio em congressos é ainda maior pela rapidez com que a grande quantidade de artigos é analisada. A atenção e perícia na análise desses artigos deve existir, sim, com certeza. Mas não se pode canalizar a culpa para o canal usado para a divulgação do trabalho, do artigo ou do que seja. Afinal os revisores são seres humanos, seja nas revistas, periódicos, congressos e afins. Não significa que nada possa escapar a eles. Já o verdadeiro culpado, o plagiador, mal fica com o nome sujo nos lugares em que ele é pouco conhecido.
Todo plágio encontrado e devidamente punido deve divulgado, deve servir de exemplo para as novas gerações. Em "Plagiarism: The Worm of Reason" o autor encara os plágios de seus alunos como um insulto da mais alta categoria. É para ele triste e vergonhoso que um aluno seu, depois de todo o seu trabalho em ensinar os caminhos das idéias, chegue até ele com uma idéia roubada.
O plágio deve, sim, ser divulgado e punido. Não só o plágio descarado, mas todos os tipos de plágio. Claro que tudo o que lemos, ouvimos e vemos, são grande influência em nossas vidas, em nosso modo de pensar e agir. Autores preferidos, grandes poetas, filósofos, cineastas, tudo o que absorvemos desses meios nos mantém numa linha de pensamento, nos dão um modo de pensar. Mas será o nosso modo de pensar, de qualquer forma, receber uma influência não significa roubar a idéia alheia, mas aceitá-la e moldá-la ao nosso pensamento e a nossa vida.
O plágio, na vida acadêmica, na vida voltada para a ciência, deve ser visto como um crime hediondo e tratado como tal. A idéia de competitividade no meio científico deveria dar lugar a sede humana pelo conhecimento, pelas novas descobertas, por explorar o desconhecido e pelo trabalho em equipe. Na certeza de que trabalhando assim, compartilhando conhecimento só pela alegria de ter feito uma nova descoberta, essas novas descobertas seriam muito mais apreciadas e aplaudidas por pessoas de todo o mundo.

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*Kolich, A. M., Plagiarism: The Worm Of Reason
College English, Vol. 45, No. 2 (Feb., 1983), pp. 141-148

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Garcia, R., Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra, 2009, Jornal da Ciência

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Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines, 2004, The Institute

Heytor Anizio disse...
22 de maio de 2009 às 07:36

Cada vez mais vemos crescer casos de plágio em nossa sociedade. Muitas vezes os plagiadores agem de má fé, querendo-se aproveitar de trabalhos bem-sucedidos feitos anteriormente, mas também ocorrem casos em que não há intenção de copiar o trabalho de outra pessoa e, sim, há o desconhecimento da existência de trabalhos parecidos pela falta de informação das pessoas.

Plágio no mundo é sempre um caso complicado de se lidar. Saber se a pessoa teve a real intenção de copiar explicitamente um trabalho de um colega ou mesmo um trecho desse mesmo trabalho ou mesmo se ele não tinha conhecimento sobre estudos feitos anteriormente é sempre uma incógnita. O ideal é que sempre que se comece uma pesquisa, tenha-se um conhecimento relevante sobre os estudos já publicados, para saber o que já foi descoberto a respeito. Assim evitaríamos possíveis desencontros de informações e, caso quiséssemos estender o conhecimento em dada área, daríamos crédito apropriado aos autores de estudos feitos anteriormente. Porém existem pessoas que não querem ter o trabalho de desenvolver atividades de pesquisa e, ao invés de se esforçar para desenvolver algo novo ou ampliar o campo de conhecimento em uma área, preferem copiar trabalhos de outras pessoas, acabando por levar crédito sem ter merecimento. Muitas instituições estão empenhadas em acabar com esse tipo de crime, e desenvolvem ferramentas na internet capazes de comparar trabalhos e achar casos de plágio por mais despercebidos que possam tentar se passar. Através da busca de palavras chave de um trabalho, é possível verificar se alguém está tentando tirar proveito de algum outro estudo, sem dar o devido crédito aos autores originais. Um ponto importante na questão do plágio é o suporte que tem que ser dado à pessoa plagiada. Os responsáveis pelo portal de periódicos ou pela revista eletrônica em que o estudo espera pra ser publicado, devem tomar as medidas cabíveis para anular a autenticidade do estudo plagiado. Tal suporte não foi dado pela revista da Sociedade Brasileira de Química, que deixou a questão do plágio a ser resolvida entre a pessoa plagiada e o autor do plágio. Com um controle de qualidade eficiente, a revista eletrônica responsável pelos artigos evitaria tais transtornos. Já é estranho eles receberem novamente um artigo que já foi publicado, mas é inaceitável o mesmo artigo ser da autores diferentes. Um controle de qualidade eficiente e as ferramentas de busca de palavras chave ajudariam bastante na vizualização de trabalhos plagiados.

Dificultar a ação dos plagiadores parece ser a grande solução do problema, já que sempre haverá aproveitadores que farão de tudo para tirar proveito do sucesso alheio. O desenvolvimento de ferramentas eficazes aliado ao suporte das revistas eletrônicas é um grande empecilho para tirar de circulação trabalhos plagiados. O conhecimento de pesquisadores sobre sua área e estudos feitos anteriormente é de grande importância, pois evitará mal entendidos. E, além de todas essas questões, é preciso conscientização da população de que plágio é crime e de que devemos agir eticamente para que haja respeito mútuo entre os pesquisadores.

Referências:

Garcia, R., Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra, Jornal da Ciência, 2009

Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines, 2004, The Institute

Dores, R.M., Henderson, I.W., Plagiarism - self-seeking aggrandisement, error, ignorance, or theft?, 2009, 161, 160-161, DOI: 10.1016/j.ygcen.2009.01.001

Endhe disse...
22 de maio de 2009 às 08:37
Este comentário foi removido pelo autor.
Endhe disse...
22 de maio de 2009 às 08:38
Este comentário foi removido pelo autor.
Endhe disse...
22 de maio de 2009 às 09:06
Este comentário foi removido pelo autor.
cloves disse...
22 de maio de 2009 às 09:11

O ato de plagiar é um crime intelectual que está presente em meios acadêmicos, colégios, revistas e periódicos conceituados presentes em instituições como a IEEE . Porém uma pergunta simples, intriga acadêmicos em geral “como se dá a constituição de um plágio?”, uma vez que podemos ter apenas um simples conflito de idéias ou até uma “cópia” de uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, fotografia, obra audiovisual, etc), desse modo, as regras que constituem um plágio não são óbvias. A partir deste impasse instituições como a IEEE Publication Services and Products Board (PSPB), adotou medidas que visam a punição de tais mentes, incapazes de desenvolverem um conhecimento próprio sobre determinado assunto.

Um exemplo de plágio que ganhou destaque no mundo acadêmico foi a publicação de dois artigos publicados no periódico “Revista analytica”, o que surpreende foi a audácia do plagiador, pois os artigos por ele plagiado são copias idênticas dos artigos originais, tal fato, evidência a falta de respeito do plagiador não só com os verdadeiros autores, mas com a população em geral, que muitas vezes se baseiam em artigos publicados por “falsos acadêmicos” como este. O livro Combating Student Plagiarism: An Academic Librarian's
Guide escrito por Lampert, L. D. visa a prevenção do plágio nas universidades através da capacitação dos bibliotecários, pois para Lampert a abordagem baseada no desenvolvimento de um anti-plágio e a idéia de colaborar com professores e trabalhar com unidades de apoio acadêmico constituem estratégias (adotadas por bibliotecários) eficazes no combate do plágio no campus.

O século XXI é considerado o século dos avanços tecnológicos como: a difusão da internet, tal avanço tornou-se um ‘convite’ ao plágio, pois a internet dá acesso a sites, trabalhos prontos, monografias, etc. Porém tais avanços também são utilizados para inibir tais práticas, uma vez que Softwares de detecção de plágio estão sendo bastante utilizados.


Referências:

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009, 3756

Lampert, L. D. Combating Student Plagiarism: An Academic Librarian's
Guide. The Journal of Academic Librarianship, 2009, 35, 192, DOI 10.1016/j.acalib.2009.01.020

Carlos Jorge disse...
22 de maio de 2009 às 09:45

Atualmente o número de plágios vem se expandindo na formação acadêmica; a crescente disponibilidade de arquivos científicos na World Wide Web tem sido de fundamental importância para que plágios tenham ocorrido facilmente. Causando assim uma enorme preocupação em várias instituições ligadas a literatura científica, despertando uma falta de interesse das pessoas ligadas ao campo científico tanto das vítimas quanto dos agressores. A IEEE juntamente com outras instituições ligadas a literatura científica, tomam novas orientações para que este número diminua.

O periódico científico “Revista Analytica” publicou em 2007 dois artigos plagiados, onde só mudava do original o título; Sabemos que plágios vêm acontecendo com frequência, com o avanço tecnológico ficou bem mais fácil cometer plágios. À medida que a tecnologia vem evoluindo facilitando crimes como esse, da mesma forma aparece ferramentas, softwares automatizados os quais permitem a sua detecção fácil.
Quanto ao caso da “Revista Analytica”, os artigos foram plagiados por um professor e engenheiro químico, e o periódico onde foram publicados (Revista Analytica), nem ao menos analisaram através de algum tipo de ferramentas para a verificação de plágio. Portanto isso mostra realmente a negligência dos editores os quais deveriam ter lidos, pesquisados, além de verificados através de softwares para realmente não passar por um constrangimento desses.
Os artigos verdadeiros foram publicados pela Revista “Química Nova” que pertence a SBQ (Sociedade Brasileira de Química); De acordo com o professor Ivo Küchler autor dos verdadeiros artigos, no mundo acadêmico copiar uma parte de um trabalho de outra pessoa, copiar uma idéia ele presencia com frequência agora copiar todo o artigo jamais ele tinha presenciado um fato assim.
O simples fato de “recortar e colar” direto da internete tem sido um ato vicioso, que faz com que estudantes, ou melhor, interessados na informação científica se acomodem, deixando de expor suas idéias, de adquirir conhecimento necessário para sua formação.

Percebemos que a mesma tecnologia a qual facilita o plágio felizmente é a mesma que faz com que ele seja detectado. Plágio é um ato gravíssimo, um crime, um roubo de idéias, uma falta de ética com si mesmo; punições já estão sendo colocadas em vigor, pois afinal a IEEE juntamente com outras instituições científicas classificaram tipos de plágios quanto ao nível para que essas punições sejam de acordo com este nível. Afinal nem sempre é por desleixo e por querer que ocorre plágio, as vezes é intencionalmente. De acordo com o plágio ocorrido na “Revista Analytica” percebemos logo que não tem nada intencional, porque não tem como só mudar o título do artigo deixando todo o conteúdo igual ao artigo de origem, mostrando assim a falta de ética de um professor e engenheiro químico que teve a capacidade de repassar a uma editora dois artigos plagiados, nem se quer ao menos modificados, enganando não só os leitores, mas principalmente os própios editores.

Referências:

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

Long, Tara C. and Errami, M. and George, Angela C. and Sun, Z. and Garner, Harold R. Responding to Possible Plagiarism. SCIENCE, 2009, 323, 1293-1294. DOI 10.1126/science.1167408

JEAN MELO disse...
22 de maio de 2009 às 09:49
Este comentário foi removido pelo autor.
Romero disse...
22 de maio de 2009 às 10:07

Com o avanço das tecnologias de disseminação da informação vem aumentando o número de artigos que foram identificados como plagiados. Porém esse aumento é dado não só por que a informação está mais acessível e suscetível a cópias e sim por que se tornou mais fácil identificar plágios, segundo Pat Janowski.

Um dos casos de plágio foi reportado em "Periódico Publica Dois Estudos Plagiados Na Íntegra" (Jornal da Ciência), onde uma revista científica publicou dois artigos que foram dados como plágio, o que levantou a questão, de quem é a culpa?

A primeira resposta, e a mais óbvia, fora dada pelo editor da revista: "...Falou que o problema não era dele e que eu teria de conversar com a pessoa que tinha assinado o artigo...", segundo Ivo Küchler, professor da UFF, que afirmou também que os editores foram negligentes por deixarem que artigos plagiados fossem publicados.

Entretanto, atualmente não há regras claras em relação ao plágio de artigos científicos, e nem mesmo uma forma eficiente de se combater o plágio, dando espaço para que essa prática ilegal continue a ocorrer.

Uma das tentativas de combater o plágio é criar regras e definições claras em relação à essa prática, um dos principais periódicos a IEEE aprovou um guia "The Five Levels Of Plagiarism", onde se define diferentes níveis de plágio e as ações a serem tomadas nesses casos, a publicação da revista seria enquadrada no nível 1 e o "autor" seria impedido de publicar qualquer artigo durante 5 anos.

Referências:

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico Publica Dois Estudos Plagiados na Íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

Miller, E. D. Johns Hopkins Plagiarism Policies. Science, 1999, 283, 1265. DOI: 10.1126/science.283.5406.1265b.

Ana Carla disse...
22 de maio de 2009 às 10:13

A internet tornou-se uma fonte ilimitada de informações de fácil acesso. Contribuindo para explorar amplamente conhecimentos de diversas áreas, educando com recursos digitais disponíveis livremente para sociedade. Todavia torna mais fácil a ação de copiar e colar sem obstáculos.

Relatórios científicos obviamente são baseados em trabalhos anteriores, feitos por outros. O que nada impede o uso de palavras ou idéias desses trabalhos analisados, contanto que haja a devida explicitação dos autores originais. O nome atribuído à irrelevância do uso das referências é conhecido hoje como plágio.

Assim como a IEEE se atenta com a detecção de plágios procurando definir diferentes níveis para esta ação, define também suas ações corretivas.

Porém também há a displicência, da análise de plagiato, de periódicos assim como na revista “Revista analytica” que realmente surpreende a todos. Observando o artigo “Problems with anti-plagiarism database” identificamos o desenvolvimento de sofisticadas ferramentas para detectar a publicação de plágios e mesmo assim passa despercebida não apenas idéias ou parágrafos, mas sim o mesmo artigo sem nenhuma alteração além do título.

A detecção de fraude, incluindo a duplicação é evidentemente crucial para a integridade da ciência. Mas é antiética a listagem de milhares de cientistas na internet, em ambiente público, taxados como suspeitos de plagiar, sem as verificações e alegações de que estão fazendo. Embora os desenvolvedores indiquem que os dados são provisórios, ainda existe um risco que esta listagem afete as decisões sobre estes profissionais, como diz o artigo “Plagiarism—self-seeking aggrandisement, error, ignorance, or theft?”.


Referências:

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Vihinen, M., Problems with anti-plagiarism database. Nature, 2009, 457, 26-26, DOI: 10.1038/457026b.

Dores, R. M. and Henderson, I. W., Plagiarism—self-seeking aggrandisement, error, ignorance, or theft? , General and Comparative Endocrinology , 2009, 161, 160-161, DOI: 10.1016/j.ygcen.2009.01.001.

Olavo de Holanda disse...
22 de maio de 2009 às 10:19

O surgimento da internet, associado ao avanço da tecnologia. Ressaltou uma prática antiga que, no entanto tomou ultimamente dimensões alarmantes. O artigo "How to Handle Plagiarism: New Guidelines" fala como a expansão da informação eletrônica tem facilitado o trabalho dos plagiadores. Acredito que os dois grandes problemas na questão do plágio são como distinguir o que é plágio e como lidar com ele. Ao longo do texto vamos discutir as definições de plágio e as maneiras de punir os plagiadores.

Plágio é definido como o ato de copiar o trabalho de outro autor, sem fazer a devida referência. Todavia há diferentes níveis de plágio, alguns são intencionais, como no caso da “Revista Analytica”(onde o engenheiro Johnson Moura copiou o artigo de Küchler apenas alterando o titulo), outros aparecem em trabalhos desleixados. Segundo a IEEE Publication Services and Products Board, as punições variam de cartas de desculpas escritas aos autores originais à suspensão temporária dos privilégios de publicação do plagiador. Outra forma de punição adotada pela IEEE é colocar uma marca d’água permanente no artigo como sendo plágio, dessa forma o plagiador também ficara marcado permanentemente.

Segundo o artigo “Plagiarism—self-seeking aggrandisement, error, ignorance, or theft?” todos nós podemos cometer plágios sem perceber, em textos escritos informalmente ou em conversas, usamos idéias de outras pessoas. Contudo, quando se submete um artigo para publicação, plágio é uma “traição” do pior tipo das ordens acadêmicas e intelectuais que regem as normas de publicação. Copiar palavra por palavra, sem o devido reconhecimento é inaceitável em publicações que promovem a busca de conhecimento.

Na verdade, o mais correto seria instruir, desde cedo, os alunos de graduação sobre como fazer uma pesquisa científica e boas referências, para que eles nunca recorram ao plágio.

Referências:

Garcia, R., Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra, Jornal da Ciência, 2009

Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines, The Institute, 2004

Dores, R. M. and Henderson, I. W., Plagiarism—self-seeking aggrandisement, error, ignorance, or theft? , General and Comparative Endocrinology , 2009, 161, 160-161, DOI: 10.1016/j.ygcen.2009.01.001

Rony Bezerra disse...
22 de maio de 2009 às 10:24
Este comentário foi removido pelo autor.
Endhe disse...
22 de maio de 2009 às 10:25

Desde os primórdios da ciência, quando os primeiros periódicos começaram a serem indexados, nos deparamos com casos de plágio, mas o que é plágio? Por mais incrível que possa parecer é difícil definir explicitamente, pois há vários tipos do mesmo.

O fato de não estar claro como se constitui um plágio dificulta sua detecção e a forma de como o mesmo deve ser tratado, pois como já foi mencionado há muitas variações dele, como por exemplo, o plágio intencional que em minha opinião é a pior forma do plágio, onde os autores têm seus trabalhos copiados por inteiro, sem se quer mudar uma vírgula, ofendendo assim os autores originais do trabalho e a própria academia, mas também há formas do plágio mais leves frutos de trabalhos descuidados onde os autores não tiveram o cuidado necessário ao fazer suas citações. Os principais periódicos por terem um grande volume de publicações, fazem uma seleção das mesmas ligeiramente rápidas, o que dificulta na detecção do plágio, talvez uma forma de pelo ao menos diminuir as incidências, seria deixar mais criteriosa essa seleção.

Analisemos agora o plágio sobre no primeiro nível da formação acadêmica: a graduação. Os estudantes de graduação em geral comentem plágio, porque realmente não sabem como se caracteriza o mesmo, nestes, e somente nestes casos, podemos ver o plágio de forma menos ríspida. Porém apesar de estarem se iniciando no mundo acadêmico, seus orientadores devem deixar bem claros os conceitos da ética de publicação dos trabalhos, bem como as consequências dessa prática abominável, pois devemos ter consciência que aquele que pratica o plágio intencional, está assinando um atestado de incapacidade intelectual.

Assim como os políticos dizem que as crianças são o futuro de um país, os estudantes de graduação são o futuro do mundo acadêmico, logo se pudermos conscientizar e instruir mais claramente os estudantes, sobre a prática do plágio e alertá-los sobre as consequências do mesmo, teremos no futuro, cientistas compromissados com a ética, bem como o respeito aos outros colegas e principalmente com o respeito a si mesmo.

Referências:
Reisman, S. Plagiarism or ignorance? you decide. IEEE Communications Magazine, 2005, 7, 7-8, DOI 10.1109/MITP.2005.1407796.
Garcia, R., Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra, Jornal da Ciência, 2009.
Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines, The Institute, 2004.

Rony Bezerra disse...
22 de maio de 2009 às 10:26

Quando assinamos ou apresentamos todo ou parte do trabalho, idéia ou resultado sem dar crédito ao autor, estamos plagiando. O plágio está se tornando muito comum na era digital devido ao rápido e fácil acesso a informação, devemos ficar atentos com os prejuízos causados por este mal e como evitá-lo.

Em termos legais as definições de plágio variam de país para país desta forma foi publicado o artigo "How to Handle Plagiarism: New Guidelines", convencionando alguns princípios gerais. O periódico "the Institute" publicou o novo guia de como lidar com o plágio e mostrando também os seus diferentes níveis e ações punitivas aplicadas, que podem variar de uma simples carta de desculpas ao autor ou até mesmo a suspensão do privilégio de fazer publicações em preiódicos. Graças a tecnologia qualquer trabalho pode ser facilmente disseminado pelos meios de comunicação, um exemplo a internet, e copiado apertando apenas algumas poucas teclas no computador.No Brasil houve um caso de plágio onde um engenheiro publicou dois artigos que foram copiados na íntegra de outro autor e mesmo assim passou despercebido pelos editores.De certa forma houve falta de cuidado dos editores ao publicar o artigo sem fazer qualquer tipo de pesquisa ou análise cuidadosa. No meio acadêmico a detecção de plágio é uma tarefa tediosa e demorada,porém, já existem hoje softwares de detecção de plágio , plaggie, AC, citando alguns. Os números de novas alegações de má conduta no meio científico vem aumentando consideravelmente segundo o Office of Research Integrity (ORI).

Evitar este tipo de prática anti-ética é fundamental para que possamos contribuir na formulação de novo conhecimento. Várias universidades já aderiram a utilização de softwares que auxiliam no combate ao plágio em trabalhos de conclusão de curso, como TCC, monografia entre outros. A tecnologia pode facilitar a ação de plagiadores, mas também pode ser utilizada como ferramenta para inibir a ação dos mesmos.


Referências

Benos D. J. ; Fabres J. ; Farmer J.; Gutierrez J.P.; Hennessy K.; Kosek D.; Lee J. H.; Olteanu D.; Russell T. ; Shaikh F.; Wang K. .Ethics and scientific publication, Advances in Physiology Education, 2005, 29, 59-74, DOI 10.1152/advan.00056.2004.

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

JEAN MELO disse...
22 de maio de 2009 às 10:29
Este comentário foi removido pelo autor.
JEAN MELO disse...
22 de maio de 2009 às 10:29

O plágio é introduzido quando apresentamos um devido trabalho como sendo nosso mas, na verdade, é um trabalho intelectual de outra pessoa. A lei 9.610/98 de Direitos Autorais estabelece que reproduzir com as mesmas palavras um texto, mesmo com a referência, sem a autorização do autor, pode ser um crime. É essa questão que discutiremos ao longo desse texto.

No primeiro artigo, um engenheiro químico, Johnson Pontes de Moura, definiu com todas as letras maiúsculas o ato de plagiar, reproduzindo completamente não só um trabalho mas, dois; e além do mais, teve a tamanha ousadia de publicar em um periódico de alta credibilidade. Isso nos instiga a pensar profundamente sobre esse acontecimento. O segundo artigo, trata da diminuição de dificuldade que se tinha de plagiar em tempos passados do que hoje com a internet e também sobre os métodos de amenizar essa questão. Já o artigo extra que pesquisei ressalta que o plágio é um ato criminoso e anti-ético, mas também relata um caso curioso de um estudante universitário que reconheceu a sua escrita em um jornal mais não teve coragem de levar à justiça porque quem o fizera era uma pessoa respeitada e especialista, podendo prejudicá-lo no seu futuro acadêmico.

Esses casos são impressionantes e ao mesmo tempo muito profundo de entender, temos a concepção de que roubo é crime, portanto, plagiar também o é. Logo, merece punição não só perdendo o diploma mais indo para a cadeia. Crime é crime. Essa ideia cautelosa precisa ser discutida com mais afinco e, assim, as autoridades competentes tomarão decisões mais severas contra esses criminosos.

REFERÊNCIAS

Armstrong, J. D. Plagiarism - What is it, Whom does it offend and how
does one deal with it. American Journal of Roentgenology (ISI Web of
Knowledge), 1993, 161, 479-484.

Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra, Jornal da Ciência, 2009.

Janowski, P. How to Handle Plagiarism: New Guidelines, The Institute, 2004.

Mª Helynne disse...
22 de maio de 2009 às 10:33
Este comentário foi removido pelo autor.
Mª Helynne disse...
22 de maio de 2009 às 10:49

O plágio tem sido um grande problema não só em escolas e universidades, mas também no meio acadêmico onde, às vezes, ocorrem casos de cópias de frases, figuras, idéias e até mesmo do trabalho completo de outros autores. Definindo plágio, podemos dizer que este ato consiste em assinar ou apresentar uma obra que contém partes de outra sem colocar os créditos do autor original.

Desse modo, o plágio é um ato desrespeitoso, principalmente com o autor original do trabalho. É uma prática antiética que abala a ciência e as pessoas que acompanham a sua evolução. Um caso que exemplifica isso muito bem foi publicado em um artigo no Jornal da Ciência onde comenta-se que um Engenheiro Químico plagiou dois trabalhos científicos, modificando apenas os títulos.

Como é abordado no artigo “Plagiarism in the Internet Age”, vivemos na era da internet e a maioria dos pesquisadores a utiliza como fonte de pesquisa, e é aí onde mora o perigo. Deve-se entender que pesquisa não é o mesmo que copiar-colar, ou ler uma página qualquer e escrever apenas sobre ela.

Quanto aos periódicos, que às vezes se deparam com o problema do plágio, regras e ferramentas têm sido elaboradas para tentar amenizar as consequências desse ato, com visto em “How to Handle Plagiarism: New Guidelines”.

Nesse contexto, mesmo sabendo que a internet pode facilitar o plágio, seria um grande equívoco proibir ou limitar a pesquisa online, mas instruir os estudantes, desde o início de sua formação, a ler bastante e, não só isso, quem pesquisa deve estar apto a filtrar dentre todas as informações adquiridas com a leitura as que serão importantes para o trabalho, e escrever sobre elas utilizando o próprio senso crítico.

Referências

* Garcia, R. Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra. Jornal da Ciência, 2009.

* Janowski, P., How to Handle Plagiarism: New Guidelines. The Institute, 2004.

* Howard, R. M. & Davies, L. J. Plagiarism in the Internet Age. Educational Leadership, 2009, 66, 64-67.

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